quarta-feira, setembro 06, 2006

ENTREVISTA/Luke Wilson

Na mesma edição da Contigo! foi publicada minha entrevista com o par romântico de La Thurman na comédia Minha Super Ex-Namorada, o ator texano Luke Wilson.

Solteiro à procura...

Por Eduardo Graça, de Nova York

Ele sempre foi fã de caminhadas e corridas, e muito mais adepto delas do que das aulas de arte dramática. Mas Luke Wilson, 34 anos, o caçula (e mais bonito) de uma família texana bem-sucedida - pai, Robert, executivo de uma agência de publicidade, e mãe, Laura, fotógrafa -, foi levado a atuar pelos irmãos mais velhos, Owen, 37, e Andrew, 42.Depois de devidamente apresentado a Hollywood, aos 23 anos, ele se fartou das benesses do seleto clube, entre elas a facilidade de namorar beldades, como Drew Barrymore, 31, com quem morou por dois anos (de 1997 a 1999), e Gwyneth Paltrow, 33, com quem teve um breve namoro em 2001. Agora, solteiro, tem se divertido com várias amigas. Todas desconhecidas das telonas e nenhuma delas, por enquanto, candidata a ganhar uma aliança.Enfiado em uma calça jeans justa, o educado Luke, com seu sorriso manso, recebeu Contigo! na suíte de um hotel em Manhattan, com um copo de uísque nas mãos para falar do fime Minha Super Ex-Namorada, que estréia sexta (1o). A seguir os melhores trechos desse encontro.


Você namorou mulheres poderosas, como Drew Barrymore e Gwyneth Paltrow. Também penou na hora de terminar a relação?

Não (risos)! Tudo sempre foi muito pacífico, juro. Mas sabe que o meu irmão mais velho, o Andrew, teve uma namorada que botou fogo em algumas páginas de jornais e incendiou o teto solar do carro que estava na porta de casa? Foi radical. O pior era que o carro pertencia ao meu outro irmão, o Owen, que ficou furioso (risos)!

Por falar em Owen, ele esteve no Rio há pouco, você não tem planos de ir ao Brasil?

Eu nunca fui ao Brasil e é um de meus sonhos, sabia? Só que diferente do Owen, que foi para o Rio, eu gostaria de sair um pouco dos grandes centros e conhecer o Brasil de verdade, as cidades interioranas, os lugares menos turísticos e mais reais.

Você está conversando comigo e estou prestando atenção em sua voz...
É? Por quê (risos)?

Porque o diretor do filme, Ivan Reitman, acabou de me dizer que o escolheu para viver o Matt muito por causa da sua voz...
Sério? Olha, fui criado em Dallas, no Texas, mas meus avós paternos são de Boston, falam igualzinho aos Kennedys. Essa mistura de sotaques me deu essa voz neutra, que os diretores gostam. Mas eu não gosto de ouvir minha voz, não, acho ela meio mole (risos)!

Você falou no Texas e agora vai viver o Bobby Ewing (de Dallas, famoso seriado de TV das décadas de 70 e 80) no cinema. Está animado?
Claro! Dallas foi genial, um marco dos anos 80! E o Travolta vai fazer o J.R., sabia? Cara, eu estava na 4ª série quando J.R. foi atacado. Lembro até hoje dos adesivos nos carros dizendo "Eu atirei em J.R. Ewing" (risos). Lembro que todo mundo ficou à frente da TV para saber quem havia matado o J.R.

Hoje, quando se pensa em Texas, fora dos EUA, a primeira imagem que vem à cabeça é a do presidente Bush...

Isso é tão triste. Quando eu estava no 2° grau, ele veio dar uma palestra em meu colégio. Lembro que quando ele terminou, cochichei com um colega meu: "Mas que babaca! Parece um filhinho de papai crescido, brincando de ser governador do Texas".

Você imaginou que ele chegaria à presidência?

Você só pode estar me gozando (risos)! Ele não conseguia nem falar em público! Eu poderia discursar melhor do que ele. Olhe, não sou muito ligado em política, mas o que ele tem feito contra a imagem do Texas, colocando um chapéu de caubói e andando como um rancheiro, inventando um sotaque que não existe, me deixa possesso. Quando vou à Europa as pessoas me apontam na rua e dizem: "Ih, ele é texano!" Pode? Isso me deprime.

Então vamos falar de algo menos triste: se pudesse, assim como Uma Thurman, qual o tipo de super-herói você gostaria de ser?

O supercompreensivo (risos). E vestiria calça de moletom como uniforme! Bem largadão, que é meu estilo.

Foi bom trabalhar com ela?

Foi um sonho. Pensa bem, a Uma! Cara, eu a vi em Ligações Perigosas (1988) quando tinha 18 anos! Ela é a Uma, né? Um ícone.

Você gosta de trabalhar com mulheres poderosas? É verdade que você vai filmar de novo com a Sarah Jessica Parker (eles rodaram juntos Tudo em Família, de 2005)?
Isso mesmo! Vai ser um thriller sobre um casal em crise que se hospeda em um motel de beira de estrada, desses que as pessoas entram e nunca mais saem, e aí eu não posso contar mais nada. Conheci a Sarah em Tudo em Família e foi bom demais! Viramos amigos de infância. Há uma coisa que eu admiro muito nela. Sarah trata do mesmo jeito todo mundo no filme, do diretor ao pessoal da eletricidade. Ela sabe que o trabalho é da equipe. Tento ser como ela, e isso não é exatamente a regra em Hollywood.

Mas você tem uma turma boa em Los Angeles, não é? Está sempre acompanhado de seus irmãos e também de Vince Vaughn, Jack Black, Will Ferrell...

É verdade. Quando a gente está filmando juntos, eu adoro ficar batendo papo com essa cambada (risos). Sou um cara que detesto essa coisa de estrela que fica enfurnada no trailer. Gosto de sair e me divertir com os amigos. E preciso dizer que nunca me afinei tanto com um ator quanto com o Will Ferrell. Adoro o humor dele, adoro como a cabeça dele funciona, aquela velocidade de raciocínio. Ele é muito, muito, mas muito talentoso mesmo.

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