sexta-feira, dezembro 09, 2005

Arnoldão pegando no ganzê e no ganzá

Este vídeo é absolutamente imperdível. É de chorar de rir. Está circulando na internet aqui nos Estados Unidos e mostra o atual governador da Califórnia, um dos símbolos do Partido Republicano, zanzando pelo carnaval carioca nos anos 80 e aprendendo a falar 'bunnnnnda'.

Como diz meu amigo Ivson, vai lá mané, e veja um político conservador se esbaldando nos trópicos:

http://www.devilducky.com/media/38195/

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Diretinho da Redação (38)


A coluna da semana já está disponível lá no www.diretodaredacao.com e aqui embaixo também:

A Ousadia do Companheiro Hugo Chávez


As cartas chegaram às nove maiores companhias de energia dos Estados Unidos em outubro. Assinadas por 12 senadores democratas, dona Hillary Clinton à frente, apelavam para que parte dos lucros astronômicos das corporações fosse aplicada nos programas federais destinados a reduzir o preço da gasolina e do gás em comunidades mais pobres e locais estratégicos (como hospitais e escolas) do país. A lógica do pedido era simples: o preço do petróleo está nas alturas e a devastação causada pelo furacão Katrina no Golfo do México prometiam o inverno mais dispendioso das últimas décadas no já gélido nordeste dos Estados Unidos.

Com um olho na conta de gás e outro nos aquecedores, famílias vêm economizando aonde podem para enfrentar o inverno com alguma dignidade. Ninguém acreditava mesmo que empresas como Texaco ou Shell fossem oferecer energia subsidiada. Muito menos que a Citgo, o braço norte-americano da estatal venezuelana PDVSA, fosse responder de forma positiva à proposta democrata.

Pois no Bronx, o distrito mais pobre de Nova Iorque, a população quer saber mais sobre o companheiro Hugo Chávez. Ontem a Citgo começou a enviar gás mais barato para 75 projetos habitacionais da cidade – em uma parceira com a prefeitura, que deverá ser estendida logo, logo, para o Queens e o Harlem – assim como já faz há duas semanas nos guetos de Massachussets. O desconto é de 40% e, apenas no Bronx, 8 mil famílias serão beneficiadas.

Gente como Belkis Bejaran, de South Bronx, que vai economizar pouco mais de US$ 100 por conta da ajuda do companheiro venezuelano. E que vibrava nesta terça-feira com a chegada do caminhão verde-oliva da PDVSA na esquina da rua 176 com a Townsend Avenue, carregando os primeiros 500 galões de gás combustível a serem utilizados pelos moradores locais.

Assistencialismo barato? Quem faz as contas é o administrador de um dos projetos habitacionais agraciados pela parceira Venezuela-Bronx: a economia média dos condomínios será de 450 mil dólares neste inverno. Papi Noel Chávez, felicíssimo, ainda gastou uns trocados para anunciar nos principais jornais do país, em propaganda de página inteira, que a ajuda é humanitária e que nada poderia representar mais o espírito da América do que tal atitude. Ele ainda cutuca o desafeto George Bush dizendo que o governo federal americano abandonou seus pobres. Mas seu grande trunfo foi deixar a opinião pública norte-americana estupefata: nunca um dirigente de um país do Terceiro Mundo, ainda mais da pobre América Latina, havia ousado trocar de figurino com Tio Sam de forma tão clara.

Em setembro, Chávez visitou o Bronx e ficou chocado com o que viu. Ciceroneado pelo deputado democrata José E. Serrano, uma das figuras mais populares do distrito, ele prometeu pensar em algo para ajudar a combater a ‘pobreza latino-americana dentro da América”. A maioria da população abaixo da linha da pobreza no Bronx é de origem hispânica ou negra. Acusado de ajudar Chávez a infiltrar seu estilo populista no coração dos Estados Unidos, Serrano respondeu de imediato: “Se as pessoas acham que Chávez está aproveitando o Bronx para fazer propaganda, queremos deixar bem claro que ele é mais do que bem-vindo. Aliás, se as grandes corporações quiserem vir aqui e fazer propaganda também, por favor, não se avexem”.

A propósito: de acordo com o senador Jack Reed, de Rhode Island, a única companhia petrolífera que se deu ao trabalho de responder a carta dos senadores democratas foi a PDVSA.