quinta-feira, dezembro 14, 2006

Personalidade e Tipos Sangüíneos

Hoje o caderno de esportes do NYT traz uma reportagem deliciosa sobre a conexão entre personalidade e tipos sangüíneos, algo aparentemente muito comum no Japão e que eu, em minha extrema ignorância, desconhecia completamente.

Vejam só o que nos ensina a sapiência nipônica:

TIPO O - O GUERREIRO (despachado/confiante/ambicioso/intenso/perseverante)

TIPO A - O FAZENDEIRO (de fala mansa/precavido/reservado/conformado/confiável)

TIPO B - O CAÇADOR (individualista/criativo/flexível/impulsivo/espírito livre)

TIPO AB - O HUMANISTA (gente-boa/racional/sério/solitário/extremamente organizado)

Detalhe: De acordo com a Cruz Vermelha, 45% dos norte-americanos são Guerreiros e 40% Fazendeiros, com apenas 11% Caçadores e 4% Humanistas. No Japão, 38% são Fazendeiros, 30% Guerreiros, 22% Caçadores e 10% Humanistas.

Curiosidade Inteligente: Apenas 16% da humanidade são Caçadores, em sua maioria na Ásia Central e na Europa Oriental, mas com alguns bolsões na África. 20% são Fazendeiros, e a maior incidência do tipo A ocorre nos EUA, no norte da Europa e na Austrália, e especialmente escarso nas Américas do Sul e Central. Já o Guerreiro é o mais popular dos tipos sangüíneos, com presença em 63% da humanidade, especialmente na América do Sul e na Europa Ocidental. Humanistas respondem apenas por 1% da humanidade, o que explica, a se acreditar nos sábios japoneses, muita coisa neste mundinho nosso.

Curiosidade Boboca: entre os famosos guerreiros estão Ronald Reagan e a Rainha Elizabeth II, entre os Fazendeiros a mala da Britney Spears, Jack Nicholson e Mia Farrow são Caçadores e John Kennedy e sua querida Marylin Monroe Humanistas.

A reportagem completa está aqui.

Diretinho da Redação (51)


A vida anda tão corrida que não tenho tido tempo de atualizar o blog. Tão corrida que decidi me despedir do Direto da Redação no ano que entra. 2007 vem cheio de mudanças e depois de merecidas férias no Brasil - oba! - que começam na próxima segunda-feira, a idéia é incrementar o edudobrooklyn, dar uma sacudida mesmo no blog. Evoé!

A coluna de despedida do DR segue abaixo:

ATÉ A VOLTA

Despedidas são sempre difícies. Evitar chavões como este, tarefa ainda mais complicada. Foram dois anos e pouco no Direto da Redação, escrevendo mais ou menos um texto por semana, explorando as conexões menos óbvias, creio, entre a labiríntica Nova Iorque e o imenso Brasil.

Quase uma centena de textos, produzidos com total liberdade e que, receio, testaram, aqui e acolá, a paciência do leitor desavisado. Aos que aqui chegaram atraídos pelo brilho dos colegas do site, minhas sinceras desculpas.

Às almas profundamente generosas que por acaso sentirem de fato falta dos comentários do jornalista do Brooklyn, a produção de reportagens e entrevistas feitas a partir de Nova Iorque continuará em 2007, em alguns dos endereços mais generosos da imprensa brasileira e portuguesa.

Quando convidado pelo querido Eliakim Araújo para fazer parte da equipe do DR temi que meu primeiro exercício de jornalismo assumidamente opinativo pudesse se revelar uma armadilha para um escriba mais acostumado a dar voz aos entrevistados do que a trocar com o leitor impressões sobre as notícias que mais nos movem, os bastidores da cobertura da imprensa aqui e no Brasil, o lado pouco explorado de certos personagens e empresas canonizados pelas celebridades de ocasião. Ledo engano. Fazer jornalismo à maneira do DR foi um imenso prazer.

Os textos aqui publicados, espero, revelaram minha percepção bem-humorada, na medida do possível, destes anos especialmente atrapalhados, testemunhas do auge e das derrapadas do neo-conservadorismo por aqui e do neo-petismo nos cada vez mais tristes trópicos.

Está bem, relendo as colunas de um só folêgo reconheço que boa parte delas se revelam mais rabugentas do que espirituosas. Mas quem passou pela ocupação da Iraque e a explosão do movimento anti-imigrantes por aqui, e acompanhou o fim da pureza ideológica da esquerda por aí, há de me perdoar.

A vocês e ao Eliakim, meu eterno agradecimento. E minha torcida para que o DR continue sendo um dos espaços mais democráticos e dinâmicos da imprensa eletrônica em língua portuguesa. Até a volta.