Já passou no festival do Rio e, imagino, entrará em cartaz no Brasil logo. Não percam. Happy-Go-Lucky é o filme perfeito para se enfentar a crise - que, aqui, é cada vez mais visível a olho nu, nas esquinas do Brooklyn e nas filas vazias dos supermercados orgânicos que chegaram à cidade nos últimos anos.
De volta ao filme, Sally Hawkins já é minha atriz favorita de 2008. Aliás, a direção de atores é sensacional: Alexis Zegerman como a melhor amiga e Eddie Marsan como o instrutor neurótico da auto-escola nos lembram como era bomWoody Allen quando Woody Allen era bom. A Londres de Leigh é completamente diferente da Europa asséptica para milionários que Allen vem retratando nos últimos anos. Também é um alívio sua aversão a estrelas de Hollywood.
Leigh - o homem por detrás de coisas pesadíssimas como Segredos e Mentiras e Vera Drake - faz uma comédia otimisma, para cima, deliciosa, com uma protagonista (Hawkins, com sua Poppy) tão otimista quanto real (a derradeira cena, com as duas amigas em um bote, é antológica). Tão bom escrever sobre algo de que se gosta.
domingo, novembro 16, 2008
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