quinta-feira, junho 15, 2006

É Muito Triste Ser Polonês...


Silêncio em Greenpoint, o centro da colônia polonesa aqui no Brooklyn. Bandeiras guardadas, camisas vermelhas despachadas para a lavanderia (não, ninguém tem máquina de lavar nas casas de Nova Iorque), fotos do papa João Paulo II recolocadas nas gavetas. Acabou-se o que era doce. E a primeira eliminada oficial da Copa da Mundo, a Polônia, ganhou hoje uma...bem...homenagem...sim, homenagem, do premiado escritor polonês Wojciech Kuczok, 34 anos, vencedor dos principais prêmios de literatura de seu país nos últimos três anos.

Um trecho de seu texto, infelizmente apenas em alemão, publicado hoje no Die Welt, o principal jornal conservador do país-sede da Copa, com tradução (touché!) do blogueiro aqui:

"É muito triste ser polonês nesta Copa do Mundo. É um pesadelo ter de reconhecer que nós jogamos o pior futebol do mundo (...) Talvez os poloneses sejam incapazes de jogar bola porque eles não encaram o futebol como um simples jogo. Como vamos atacar pelas laterais, pensamos, se o avanço acabar sendo capenga, tal qual nossa histórica cavalaria? Como arriscar um chute a gol quando a pelota pode parar na arquibancada, trazendo-nos à memória a mira de nossos terríveis atiradores da Força Aérea? Assim como nós, os alemães não podem ser considerados mestres da auto-ironia. Mas, ao invés de zanzanrem feito baratas-tontas pelo campo, suas mentes conseguem apagar todos os desastres nacionais, e eles marcam gols maravilhosos"

3 comentários:

Kika Serra disse...

Traduzida direto do alemão - ou terá sido do polonês - por Eduardo Graça? Depois você reclama quando eu te chamo de mentiroso..

Eduardo Graca disse...

Finalmente você faz um comentário aqui! Ainda que seja para duvidar de mim. Olha, a Olga conhece minha professora de alemão, Fraulein Breukelen, prima do Fritz, irmã do Dekalb e cunhada do nosso amigo em comum Hoyt-Schermehorn, lembra dele?

Olga de Mello disse...

Malvina Cruela!!! Duvidar dos conhecimentos idiomáticos de um amigo...
Olha, eu também conheço a Breuk - a quem chamo de Broca. Quem fala maravilhas sobre ela é a Maria Célia, que a conheceu em Ansbach, quando Broca esteve por lá, uns 15 anos atrás, para um seminário sobre literatura alemã e indústria têxtil. Quando falei sobre as aulas do Edu, ela imediatamente se lembrou da Broca, mostrou fotos etc e tal. Quando eu conheci o Hoyt, vim a saber de seu irmão, eterno noivo da Broca. Ou seja, o mundo não é um moinho, como pensava Cartola, mas uma aldeia - tupi ou visigoda. (sem trocadilhos com alemãs/cariocas de peso politicamente incorretos, por favor!!!)