A Contigo! publicou esta semana minhas entrevistas com Leonardo DiCaprio e Matt Damon, duas das principais estrelas do divertidíssimo longa de Martin Scorsese, Os Infiltrados, que estréia nesta sexta-feira nos cinemas brasileiros.
Leonardo DiCaprio e Matt Damon
OS DESEJADOS
Por Eduardo Graça, de Nova York
Martin Scorsese confronta os dois - e mais um timaço de astros - em Os Infiltrados, no melhor estilo ''se correr o bicho pega, se ficar o bicho come''
O ator Leonardo DiCaprio, 31 anos, e o diretor Martin Scorsese, 63, engataram um romance profissional em Gangues de Nova York, filme dirigido pelo baixinho do Queens em 2002, com o galã baby face como um dos protagonistas, e desde então têm se relacionado muito bem, obrigado. A parceria rendeu também O Aviador (2004), pelo qual DiCaprio foi indicado ao Oscar de melhor ator e Scorsese de melhor diretor (nenhum dos dois levou a cobiçada estatueta para casa) e agora o sensacional (e violento) Os Infiltrados, que estréia sexta (10).
Mais sarado, DiCaprio leva as mulheres à loucura como o policial irlandês Billy Costigan - mesmo urrando um quilo de palavrões e sendo surrado igual a um saco de pancadas. Além de bonitão, ele manda muito bem.
Dois Leos num só
Pena que sua versão em carne e osso seja tão insípida e nada simpática, pelo menos em público. Taciturno, mais sério do que Matt Damon, 36, seu negativo no filme (ele faz o policial Colin), Leo, como é chamado pelos colegas, se veste como um galã fashion: camisa preta sob um terno igualmente negro e cabelo curto máquina 1 igualzinho ao do seu personagem no longa. E não responde a nenhuma questão pessoal.
Paraíso em Miami
Já Damon, mais relaxado, contou como levou vantagem em relação aos colegas na filmagem, uma vez que cresceu em Boston (locação do filme) e não precisou aprender o sotaque da cidade. O ator vive hoje em Miami e diz que sua casa é "o melhor lugar do mundo" - ele vive com a mulher, a ex-garçonete argentina Luciana Barroso, e as duas filhas, Alexia, 8 anos (filha só de Luciana, mas que ele adotou), e Isabella, 4 meses. A seguir, trechos da entrevista com os dois.
Leo, o sisudo
Como foi dividir o set com Jack Nicholson?
Foi sensacional! Ele é completamente imprevisível. Em várias cenas eu não sabia o que ia acontecer. Lembro-me do Jack dizendo que seu personagem deveria ser mais durão comigo (risos). No dia seguinte recebi um aviso: "Leo, toma cuidado. Jack trouxe para o set um extintor de incêndio, uma arma, caixas de fósforo e uma garrafa de uísque" (risos). Ele é um dos maiores atores vivos. E me ajudou a construir um personagem que passa 24 horas em pânico.
Foi você quem decidiu que iria fazer o mocinho no filme?
Cá entre nós, eu queria mesmo era fazer o personagem do Jack (Nicholson - um gângster violentíssimo).
Seu personagem é um rapaz durão, violento mesmo...
Pois é, bem diferente de tudo o que já fiz nas telas. Não existe essa coisa de reagir de modo violento em minha vida. Por isso Billy me interessou.
Matt, o falante
Como entrou no projeto de Os Infiltrados?
Brad (Pitt, um dos produtores do filme), Leo e eu estávamos relaxando numa sauna! Só estou contando isso porque acho importante os momentos em que os grandes projetos nascem (risos). Não, sério, Brad me contatou e eu disse que seria um sonho participar do filme. Foi o sim mais fácil da minha carreira!
Queria fazer o mocinho?
A gente decidiu no cara e coroa! (risos). Acho que nós dois adoraríamos fazer qualquer um dos personagens. Mas, vendo o filme, não me imagino no papel do Leo.
Como foi o laboratório para viver o policial Colin?
Mergulhei na subcultura dos policiais locais e os acompanhei em algumas operações de apreensão de drogas e prisão de traficantes.
Não foi perigoso?
Não. Sabia que estava seguro, pois eles levaram duas vezes mais policiais do que o padrão. E fiquei na retaguarda, com um colete à prova de balas.
quinta-feira, novembro 09, 2006
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