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Neste fim de semana o jornalista húngaro László Darvasi, 44, que entende muito de literatura e de futebol, escreveu um artigo bem interessante para o jornal alemão Berliner Zeitung, histórico periódico que foi um dos mais importantes da antiga Alemanha Oriental.
Em seu texto, lindo, lindo, Darvasi estabelece uma relação entre o amor dos brasileiros pelo 'aspecto mágico e irracional do futebol' com o ato de escrever. A foto é uma homenagem ao mais irracional dos magiares, o capitão do esquedrão vermelho de 1954, Ferenc Puskas. A tradução é do blogueiro aqui:
Se há uma diferença entre literatura e futebol, é que, no futebol, é nítido quem venceu, e de que maneira. Algumas vezes, é verdade, nós não entendemos totalmente como aqueles onze chegaram à vitória final, mas basta olhar para o placar, que não mente.
Na literatura, algumas vezes, você se vê jogando muito tempo depois de o tempo regulamentar ter encerrado, e sequer percebe que as arquibancadas estão tão vazias quanto um coração desesperançado. Você segue em campo mesmo quando já perdeu a partida séculos atrás. Ou a venceu. Um personagem de Salman Rushdie disse uma vez que os eventos mais importantes de nossa vida sempre acontecem quando estamos ausentes. Tente transportar esta sentença para o futebol
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