Há duas belas canções no novo disco de Nana Caymmi, além da versão novelesca de Não Se Esqueça de Mim, com meu querido Tremendão. Uma é Senhorinha, de Guinga e PC Pinheiro, que sempre me remete ao Vale do Paraíba fluminense. Doce, triste, presa a um passado que não voltará jamais mas com um pingo de esperança no fim. Não me emociona tanto quanto a interpretação de Zezé Gonzaga, mas o arranjo de Cristóvão Bastos é primoroso.
A outra, que descobri via Mauro Ferreira, e seu ótimo diário musical, é Violão, novamente de PC Pinheiro, agora com Sueli Costa. Uma historieta românitica sobre o nascimento do instrumento musical, a partir das curvas de uma bela mulher.
Diz assim: E o artesão finalmente/Nesta mulher de mandeira/Botou o seu coração/E lhe apertou contra o peito/Deu-lhe um nome bonito/E assim nasceu o violão
Uma maravilha. E o violão de João Lyra, na faixa, consegue a proeza de nos fazer prestar tanta atenção em seu dedilhar quanto à voz da filha de Dorival.
No mais, o disco desceu quadrado, sem muitas surpresas. E olha que nem xio com os boleros, sou fã de Lucho Gstica & cia.
Ouvir Nana, de longe, é sempre um bálsamo. Saudades do Brasil.
sábado, maio 02, 2009
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