Ó só:
10/02/2009 - 19h47
Diretor do novo "Sexta-Feira 13" diz que cortou o excesso de cenas de nudez
EDUARDO GRAÇA
Colaboração para o UOL, de Los Angeles (EUA)
Colaboração para o UOL, de Los Angeles (EUA)
O vilão Jason Voorhees em cena de "Sexta-Feira 13", que tem estreia mundial nesta sexta |
Reconhecido por seus vídeos musicais para artistas como George Michael ("Killer/Papa Was a Rolling Stone"), Faith No More ("Small Victory") e Janet Jackson ("Runawway"), Nispel foi especialmente questionado nos EUA pela quantidade de cenas de nudez oferecidas na nova versão de "Sexta-Feira 13". Uma cena, por exemplo, mistura seios, sangue e jet-ski, e não dá para contar mais para não estragar a surpresa.
UOL: Este é o "Sexta-Feira 13" com mais seios à mostra de toda a franquia do Jason?
Nispel: Digamos que as imagens todas de nu foram feitas para o público mais familiarizado com "Sexta-Feira 13". Quando fizemos as primeiras projeções do filme, perguntamos ao público o que eles acharam, e a única coisa de que os jovens - do sexo masculino - não gostaram muito foi o excesso de peitos. Depois disso, para ser sincero, tiramos várias cenas de nudez. Mas eu, pessoalmente, posso te garantir que não gosto da combinação de sexo e violência.
O diretor alemão Marcus Nispel durante as filmagens de "Sexta-feira 13" |
UOL: Então você procurou separar as cenas?
Nispel: Exato! Digamos que não gosto de meus vegetais muito mexidos (risos). Aprecio sexo e violência, mas em doses exatas e em seus devidos lugares.
UOL: Houve uma reclamação da platéia feminina de que não há sequer uma cena de nu masculino.
Nispel: Bem, o Jared Padalecki ficou praticamente todo o tempo seminu durante as filmagens porque o calor era infernal e suas roupas ficavam muito suadas. Aí quando começávamos a filmar, ele vestia a roupa. Então, para mim, havia cenas de nu masculino também (risos)... Mas, para ser sincero, o Jared me deu um certo medo.
UOL: Como assim?
Nispel: Ele é muito alto [o galã tem 1,93cm] e musculoso. Não poderia haver uma vítima maior e mais forte do que o algoz. Então, tivemos de empilhar umas caixas de maçã aqui e acolá.
UOL: Você acha que seu "Sexta-Feira 13", com traços de "softporn", é também um comentário social de nossos tempos?
Nispel: As pessoas me dizem isso, sim. Aqui em Sexta-Feira 13 posso dizer que temos menos sangue do que em um episódio de C.S.I. E havia nudez no primeiro "Sexta-Feira 13" sim, senhor! No atual neo-conservadorismo dos EUA, talvez seja um belo tabu a se quebrar novamente, mostrando mais corpos na tela. Mas esta não foi a primeira coisa que pensei quando assinei meu contrato e nem imaginava que seria um tópico presente nas conversas com os atores e com os agentes. Não vou dizer os nomes, mas vários atores pularam fora do projeto por causa das cenas mais ousadas. Para mim é estranho, porque na Alemanha, você vê pessoas nuas na televisão, nas séries e novelas.
UOL: Você acha que o seu Sexta-Feira 13 é uma espécie de renascimento da série? Veremos sequências nos próximos anos?
Nispel: Eu, certamente, não creio que venha a dirigir uma sequência. Acho que alguém mais inovador e mais inteligente do que eu seguirá esta história. E, aqui, não estou tentando fazer um remake do "Sexta-Feira 13" original. Estou, de certa forma, fazendo um remake dos filmes que eu vi quando tinha 17 e 18 anos. Eu faço filmes, no fim das contas, para o menino de 17 ou 18 anos que existe dentro de mim.
UOL: Você tem alguma memória específica daquela época?
Nispel: Quando era adolescente, tínhamos de esperar um ano para ver os filmes que haviam sido lançados nos EUA. Mas chegavam antes, por exemplo, a música que John Williams compôs para "Guerra nas Estrelas", os sabres de luz usados pelos Jedis, o capacete de Darth Vader. Quando o filme entrava em cartaz, estávamos tão interessados que aquilo já era parte do nosso DNA. É o que gosto em uma franquia cinematográfica, é o fato de as crianças se vestirem como Jason na festa do Dia das Bruxas ou no Carnaval. E há melhores filmes, mais elaborados, que passam. "Sexta-Feira 13", como o Jason, sempre volta (risos).
10/02/2009 - 20h33
Atores Amanda Righetti e Jared Padalecki falam sobre "Sexta-feira 13"
EDUARDO GRAÇA
Colaboração para o UOL, de Los Angeles (EUA)
Colaboração para o UOL, de Los Angeles (EUA)
Jared Padalecki e Amanda Righetti em cena de "Sexta-Feira 13", que estreia nesta semana |
Em "Sexta-Feira 13", os dois são os irmãos Clay - um selvagem da motocicleta versão horror movie - e Whitney, que desapareceu há seis semanas nas imediações de Crystal Lake. O enredo não difere muito dos outros filmes da safra de Jason produzidos originalmente por Sean Cunningham (mais uma vez assinando a produção, ao lado de Michael Bay, Andrew Form e Brad Fuller, o trio por detrás de "O Massacre da Serra Elétrica" e "Terror em Amytiville"): jovens à beira da fogueira contando histórias arrepiantes que acabam virando realidade. |
Padalecki e Righetti conversaram com o UOL sobre a volta dos bons tempos do terror e suas carreiras. Os melhores trechos seguem abaixo:
UOL: O que fez vocês decidirem embarcar em uma das mais famosas marcas de terror de Hollywood?
Jared: Sou um fã ardoroso de remakes bem-feitos, como "O Massacre da Serra Elétrica". E sempre quis fazer um dos filmes produzidos por Bay, Form e Fuller. Gosto do tratamento de luxo que eles dão aos velhos e bons clássicos. E também vi todos os "Sexta-Feira 13" na minha adolescência, é, sem exagero, meu franchise de terror favorito.
Amanda: Para você ter idéia de meu envolvimento, estou produzindo meu primeiro filme, e é um de terror. Adoro! Trata-se de um filme de terror de surfe. E se tudo der certo, começaremos as filmagens em junho.
UOL: Os fãs de Sexta-Feira 13 são rigorosos, há dezenas de fóruns na internet dedicados ao filme. Isso os deixou preocupados?
Jared: Eu diria que filmar "Sexta-Feira 13" foi 50% excitante e 50% frio na barriga. De nervosismo mesmo, de pensar "mas o que é que os fãs vão achar de nosso filme". Não queria aquela reação: "mas como é que eles ousaram fazer isso", sabe?
Amanda: Acho que o resultado final vai ser excelente para todo o elenco. "Sexta-Feira 13" é uma enorme oportunidade, um showcase mesmo para a gente. Fico extremamente eufórica porque se trata de um lançamento mundial. No dia 13 de fevereiro, sexta-feira, estará nos cinemas do mundo todo. O quão raro é isso?
UOL: Vocês, como se diz no Brasil, "comem o pão que o diabo amassou" durante o filme. Vocês tiveram alguma cena mais escabrosa?
Jared: Algumas cenas foram bem complicadas, mas a mais difícil talvez tenha sido a da luta em cima do ônibus abandonado. Usávamos calças muito justas, sapatos que apertavam, e acabei ficando com roxos, arranhados e concussões leves, mas o Derek Mears, que faz o Jason, me ajudou muito. Sempre que eu caía, ele me levantava e seguíamos em frente.
Amanda: A velocidade das filmagens foi impressionante. Digamos que foi uma agenda de filmagem bem ambiciosa (risos). Não filmamos mais do que dois takes de cada cena. Ou seja, havia a pressão de fazer bem já de cara.
UOL: Vocês fazem televisão sem parar. É coincidência encabeçarem o elenco do novo "Sexta-Feira 13"?
Amanda: A exposição, na tevê, é absurda. E, claro, o estúdio precisa que o público tenha chamarizes para ver o filme.
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