quarta-feira, fevereiro 11, 2009

SEXTA-FEIRA 13, o filme

Estréia agora na sexta-feira a nova releitura do clássico do terror, e não é que eu me diverti pacas com a volta de Jason? Os textos que escrevi para o UOL sobre o filme já estão na rede, aqui.

Ó só:

10/02/2009 - 19h47

Diretor do novo "Sexta-Feira 13" diz que cortou o excesso de cenas de nudez

EDUARDO GRAÇA
Colaboração para o UOL, de Los Angeles (EUA)

Houve quem saísse das sessões especiais de "Sexta-Feira 13", o remake da série que tem estreia mundial nesta sexta-feira, dia 13, dizendo que se tratava de "softporn" disfarçado de filme de terror. A versão século XXI das estripulias dos jovens americanos em Crystal Lake é mesmo recheada com mais adrenalina, mais cenas de sexo, mais verborragia e mais piadinhas escatológicas. Tudo isso sem perder o gosto pelo sangue. Uma receita que tem tudo para recuperar, nas palavras do diretor alemão Marcus Nispel, o appeal da série.

Divulgação
O vilão Jason Voorhees em cena de "Sexta-Feira 13", que tem estreia mundial nesta sexta

Nispel buscava um novo projeto quando uma conversa com Michael Bay, produtor de seu remake de sucesso "O Massacre da Serra Elétrica Massacre", indicou seu novo caminho: trazer Jason Voorhees de volta à vida. Seu "Sexta-Feira 13" faz o espectador prender a respiração já nos primeiros 15 minutos de filme. A câmera veloz, o velho e bom mix de sexo, drogas e rock'n'roll e uma sucessão impressionante de mortes - cada qual mais criativa que a outra - deixará feliz o fã do bom cinema de terror.

Reconhecido por seus vídeos musicais para artistas como George Michael ("Killer/Papa Was a Rolling Stone"), Faith No More ("Small Victory") e Janet Jackson ("Runawway"), Nispel foi especialmente questionado nos EUA pela quantidade de cenas de nudez oferecidas na nova versão de "Sexta-Feira 13". Uma cena, por exemplo, mistura seios, sangue e jet-ski, e não dá para contar mais para não estragar a surpresa.

UOL: Este é o "Sexta-Feira 13" com mais seios à mostra de toda a franquia do Jason?
Nispel: Digamos que as imagens todas de nu foram feitas para o público mais familiarizado com "Sexta-Feira 13". Quando fizemos as primeiras projeções do filme, perguntamos ao público o que eles acharam, e a única coisa de que os jovens - do sexo masculino - não gostaram muito foi o excesso de peitos. Depois disso, para ser sincero, tiramos várias cenas de nudez. Mas eu, pessoalmente, posso te garantir que não gosto da combinação de sexo e violência.
Divulgação
O diretor alemão Marcus Nispel durante as filmagens de "Sexta-feira 13"


UOL: Então você procurou separar as cenas?
Nispel: Exato! Digamos que não gosto de meus vegetais muito mexidos (risos). Aprecio sexo e violência, mas em doses exatas e em seus devidos lugares.

UOL: Houve uma reclamação da platéia feminina de que não há sequer uma cena de nu masculino.
Nispel: Bem, o Jared Padalecki ficou praticamente todo o tempo seminu durante as filmagens porque o calor era infernal e suas roupas ficavam muito suadas. Aí quando começávamos a filmar, ele vestia a roupa. Então, para mim, havia cenas de nu masculino também (risos)... Mas, para ser sincero, o Jared me deu um certo medo.

UOL: Como assim?
Nispel: Ele é muito alto [o galã tem 1,93cm] e musculoso. Não poderia haver uma vítima maior e mais forte do que o algoz. Então, tivemos de empilhar umas caixas de maçã aqui e acolá.

UOL: Você acha que seu "Sexta-Feira 13", com traços de "softporn", é também um comentário social de nossos tempos?
Nispel: As pessoas me dizem isso, sim. Aqui em Sexta-Feira 13 posso dizer que temos menos sangue do que em um episódio de C.S.I. E havia nudez no primeiro "Sexta-Feira 13" sim, senhor! No atual neo-conservadorismo dos EUA, talvez seja um belo tabu a se quebrar novamente, mostrando mais corpos na tela. Mas esta não foi a primeira coisa que pensei quando assinei meu contrato e nem imaginava que seria um tópico presente nas conversas com os atores e com os agentes. Não vou dizer os nomes, mas vários atores pularam fora do projeto por causa das cenas mais ousadas. Para mim é estranho, porque na Alemanha, você vê pessoas nuas na televisão, nas séries e novelas.

UOL: Você acha que o seu Sexta-Feira 13 é uma espécie de renascimento da série? Veremos sequências nos próximos anos?
Nispel: Eu, certamente, não creio que venha a dirigir uma sequência. Acho que alguém mais inovador e mais inteligente do que eu seguirá esta história. E, aqui, não estou tentando fazer um remake do "Sexta-Feira 13" original. Estou, de certa forma, fazendo um remake dos filmes que eu vi quando tinha 17 e 18 anos. Eu faço filmes, no fim das contas, para o menino de 17 ou 18 anos que existe dentro de mim.

UOL: Você tem alguma memória específica daquela época?
Nispel: Quando era adolescente, tínhamos de esperar um ano para ver os filmes que haviam sido lançados nos EUA. Mas chegavam antes, por exemplo, a música que John Williams compôs para "Guerra nas Estrelas", os sabres de luz usados pelos Jedis, o capacete de Darth Vader. Quando o filme entrava em cartaz, estávamos tão interessados que aquilo já era parte do nosso DNA. É o que gosto em uma franquia cinematográfica, é o fato de as crianças se vestirem como Jason na festa do Dia das Bruxas ou no Carnaval. E há melhores filmes, mais elaborados, que passam. "Sexta-Feira 13", como o Jason, sempre volta (risos).

10/02/2009 - 20h33

Atores Amanda Righetti e Jared Padalecki falam sobre "Sexta-feira 13"

EDUARDO GRAÇA
Colaboração para o UOL, de Los Angeles (EUA)

Para o remake de "Sexta-Feira 13", o diretor Marcus Nispel finalmente conseguiu trabalhar com Jared Padalecki, que estaria no elenco de "O Massacre da Serra Elétrica", mas acabou enrolado com seus compromissos na televisão. Depois de fazer o bom-moço Dean no seriado "Gilmore Girls", Padalecki é a estrela de uma das séries de maior sucesso atualmente na tevê americana, "Supernatural". Também um fenômeno na telinha, Amanda Righetti é a estrela de "The Mentalist", que levantou a audiência da CBS nas noites de terça-feira.


Divulgação
Jared Padalecki e Amanda Righetti em cena de "Sexta-Feira 13", que estreia nesta semana

Em "Sexta-Feira 13", os dois são os irmãos Clay - um selvagem da motocicleta versão horror movie - e Whitney, que desapareceu há seis semanas nas imediações de Crystal Lake. O enredo não difere muito dos outros filmes da safra de Jason produzidos originalmente por Sean Cunningham (mais uma vez assinando a produção, ao lado de Michael Bay, Andrew Form e Brad Fuller, o trio por detrás de "O Massacre da Serra Elétrica" e "Terror em Amytiville"): jovens à beira da fogueira contando histórias arrepiantes que acabam virando realidade.

Padalecki e Righetti conversaram com o UOL sobre a volta dos bons tempos do terror e suas carreiras. Os melhores trechos seguem abaixo:

UOL: O que fez vocês decidirem embarcar em uma das mais famosas marcas de terror de Hollywood?
Jared: Sou um fã ardoroso de remakes bem-feitos, como "O Massacre da Serra Elétrica". E sempre quis fazer um dos filmes produzidos por Bay, Form e Fuller. Gosto do tratamento de luxo que eles dão aos velhos e bons clássicos. E também vi todos os "Sexta-Feira 13" na minha adolescência, é, sem exagero, meu franchise de terror favorito.
Amanda: Para você ter idéia de meu envolvimento, estou produzindo meu primeiro filme, e é um de terror. Adoro! Trata-se de um filme de terror de surfe. E se tudo der certo, começaremos as filmagens em junho.

UOL: Os fãs de Sexta-Feira 13 são rigorosos, há dezenas de fóruns na internet dedicados ao filme. Isso os deixou preocupados?
Jared: Eu diria que filmar "Sexta-Feira 13" foi 50% excitante e 50% frio na barriga. De nervosismo mesmo, de pensar "mas o que é que os fãs vão achar de nosso filme". Não queria aquela reação: "mas como é que eles ousaram fazer isso", sabe?
Amanda: Acho que o resultado final vai ser excelente para todo o elenco. "Sexta-Feira 13" é uma enorme oportunidade, um showcase mesmo para a gente. Fico extremamente eufórica porque se trata de um lançamento mundial. No dia 13 de fevereiro, sexta-feira, estará nos cinemas do mundo todo. O quão raro é isso?

UOL: Vocês, como se diz no Brasil, "comem o pão que o diabo amassou" durante o filme. Vocês tiveram alguma cena mais escabrosa?
Jared: Algumas cenas foram bem complicadas, mas a mais difícil talvez tenha sido a da luta em cima do ônibus abandonado. Usávamos calças muito justas, sapatos que apertavam, e acabei ficando com roxos, arranhados e concussões leves, mas o Derek Mears, que faz o Jason, me ajudou muito. Sempre que eu caía, ele me levantava e seguíamos em frente.
Amanda: A velocidade das filmagens foi impressionante. Digamos que foi uma agenda de filmagem bem ambiciosa (risos). Não filmamos mais do que dois takes de cada cena. Ou seja, havia a pressão de fazer bem já de cara.

UOL: Vocês fazem televisão sem parar. É coincidência encabeçarem o elenco do novo "Sexta-Feira 13"?
Amanda: A exposição, na tevê, é absurda. E, claro, o estúdio precisa que o público tenha chamarizes para ver o filme.

Nenhum comentário: