Esta semana o repórter Peter Popham, do jornal britânico "The Independent", escreveu uma bela reportagem sobre as novas evidências de que os EUA utilizaram armas químicas - em quantidades massivas - contra civis na cidade iraquiana de Falluja em novembro de 2004. Apesar de a história só aparecer na imprensa ocidental um ano depois do ocorrido, o que começa a ser chamado pelos jornalistas americanos de 'o massacre que ninguém viu' já era motivo de conversas mais ou menos sérias entre soldados que voltavam do Iraque e os poucos jornalistas independentes que seguem mandando notícias do país ocupado.
Popham lembra da terrível ironia de que o possível ataque a Falluja - um dos bastiões da resistência sunita - com armas químicas lembra o massacre dos curdos por Saddam Hussein, que teria utilizado o mesmo método para dizimar opositores da etnia no outro extremo do país.
A coisa ficou ainda mais feia quando outro repórter, Sigfrido Ranucci, da RAI italiana, colocou no ar imagens e uma série de entrevistas com jovens soldados americanos que participaram da 'tomada de Falluja' e que qualificam a ação de novembro de 2004 de 'matança de árabes'. Um dos soldados diz que 'viu os corpos de mulheres e crianças queimando depois do uso de armas químicas. Em um raio de 150 metros forma-se uma nuvem e ninguém sai dela vivo'.
A Rai também afirma que há provas de que se usou Napalm - uma violação à Convenção da ONU de 1980, que proíbe seu uso em perímetros urbanos - contra a população civil de Falluja.
As reportagens de Popham e de Ranucci podem ser lidas e vistas (o vídeo é especialmente forte) no endereço da sempre atenta TruthOut, é só clicar:
www.truthout.org/docs_2005/110805Z.shtml
sexta-feira, novembro 11, 2005
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