Acaba de chegar às ruas de Nova Iorque o semanário Village Voice com o título 'Quantos Mais Devem Morrer'?. A pergunta, sem rodeios, é feita pelo jornalista Sydney H.Schanberg, vencedor do Prêmio Pulitzer por suas reportagens sobre o Camboja, no fim dos anos 70, e um dos grandes repórteres que ajudaram a fazer a fama da revista dominical do The New York Times.
Em seu texto, Schanberg qualifica a situação atual - em que a maioria do país parece 'esquecer' que está em guerra em quatro continentes (contra os insurgentes iraquianos e afegãos na Ásia, terroristas na Ásia, África e Europa, e contra Castro e, extra-oficialmente, Chavez na América) - de 'perversão democrática'.
Em determinado momento, Schanberg, que viveu os horrores da guerra no Sudeste Asiático, pergunta aos americanos: "Estes homens e mulheres que se alistaram para lutar no Iraque e no Afeganistão serão tratados por nós como mercenários que lá nos representam? Ou nós verdadeiramente nos preocupamos com eles?"
Até hoje, 2.154 soldados americanos morreram nas incursões de Bush pela Ásia. Os feridos são mais de 15 mil. Não há qualquer estimativa oficial para o número de civis iraquianos mortos, mas grupos independentes afirmam que mais de 30 mil cidadãos pereceram desde a invasão militar de 2003.
Em tempo: o belo texto de Schanberg pode ser encontrado, de graça, no seguinte endereço: http://villagevoice.com/news/0539,schanberg,68215,6.html.
No site, o leitor ainda ganha um outro presente: a fantástica ilustração de Viktor Koen, em que um capacete militar é carimbado com os nomes de todos os americanos mortos na mais recente aventura militar do doutor George Bush.
quarta-feira, setembro 28, 2005
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