A Contigo! publica na edição desta semana a entrevista que fiz com Matt Damon, sempre simpaticíssimo, falando de Jason Bourne, da vida de celebridade e de novos projetos. Olhem só: O ator encarna pela terceira vez Jason Bourne, o agente secreto que não deveria mais existir, mas que está vivinho e arrebentando as bilheterias do cinema
Não é exagero algum dizer que O Ultimato Bourne é o melhor dos três filmes da cinessérie estrelada por Matt Damon, 36 anos. Em quase duas horas, o diretor Paul Greengrass, 52, - que também dirigiu Supremacia Bourne (2004), além de, entre outros trabalhos, os impactantes Domingo Sangrento (2002) e Vôo United 93 (2006) -, desvenda todos os mistérios sobre a vida do agente rebelde Jason Bourne. Alguns bem cabeludos.
E nessa nova aventura intercontinental, que já arrecadou 143 milhões de dólares em 11 dias de exibição - e deixou Damon mais famoso e rico ainda; ele até foi eleito pela revista Forbes como o astro de Hollywood mais rentável do momento -, pelo menos duas seqüências de cenas já chegam à tela grande como clássicos do cinema de ação: a da estação de trem de Waterloo, em Londres, e a perseguição frenética sobre tetos de casas de Tânger, no Marrocos.
Depois de zanzar os três continentes e dar duro filmando com Greengrass (fizeram parte do roteiro de produção Rússia, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, norte da África, Inglaterra, França e Letônia), Damon tirou férias com a família e o amigo inseparável Ben Affleck, 35, no Havaí. Foi com um bronzeado de praia, resultado dessa merecida folga, e seu costumeiro sorriso aberto que Damon conversou com exclusividade com a Contigo!, em uma suíte num hotel luxuoso de Beverly Hills, em Los Angeles.
Você acaba de declarar que está cansado da superexposição das estrelas de Hollywood. E chegou a dizer que jamais sairia "prostituindo sua própria filha nas páginas das revistas para aumentar a bilheteria de Bourne". Forte, não?
É, acho que eu peguei um pouco pesado, né? Depois, quando vi impresso, achei que minha declaração ficou estranha. Mas como lidar de modo racional com esta invasão de privacidade a que somos submetidos o tempo todo? Sabe, olhando para trás, penso em Gênio Indomável (1997), por exemplo. Todos exploraram até a última gota o fato de que eu e Ben (Affleck) éramos melhores amigos e tínhamos desenvolvido juntos o projeto desde o início, que estávamos vivendo nosso conto de fadas. E aquilo virou a coisa mais importante do filme. Era verdade, claro, mas hoje, pensando bem nisso, parece vulgar.
De que modo?
Era como se estivéssemos utilizando nossa amizade para promover o filme, uma coisa oportunista, que não foi intencional, mas acabou ganhando vida própria. E quanto mais experiente você vai ficando, mais se vê submetido a essas armadilhas. Olha, eu não quero dividir com os leitores do mundo, por exemplo, como eu crio minha filha (Isabella, de 1 ano). Acho uma chatice ver isso impresso nos jornais mundo afora.
Mas esta obsessão da imprensa pela vida pessoal das celebridades não é, muitas vezes, cultivada pelas próprias estrelas?
Você está certíssimo! É isso mesmo, uma via de mão dupla. Mas eu, oficialmente, estou fora. Escreve isso aí, hein (risos)!
O diretor Paul Greengrass disse que o segredo da trilogia Bourne é ela contar com o melhor ator de Hollywood de sua geração, ou seja, você, como protagonista. E ele enfatiza que suas interpretações mais brilhantes estão em filmes que ele não dirigiu, como Os Infiltrados e O Talentoso Ripley. Sua colega Joan Allen (que faz a agente Pamela Landy no filme) disse o mesmo. Deve ser bom para o ego, não?
Eles são muito generosos e é claro que eu fico felicíssimo. Mas somente posso entender esses elogios se levar em conta que foi justamente a trilogia que me ofereceu uma vitrine singularíssima. Devo ao Bourne, e às minhas escolhas, este momento especial de minha carreira.
Alguma chance de você rodar mais um Bourne ou trabalhar de novo com seu amigo Paul Greengrass?
A única chance disso acontecer é se aparecesse um roteiro sensacional e ele fosse dirigido pelo Paul. Mas acho complicado, pois O Ultimato é o grande desfecho da série, revelando todos os mistérios. Agora, eu e Paul vamos voltar a filmar juntos no ano que vem! Mal posso esperar. Vai ser um filme todo baseado em A Vida Imperial na Cidade Esmeralda: Dentro da Zona Verde, best-seller do jornalista Rajiv Chandrasekaran, do The Washington Post. Conta, de dentro da área aparentemente mais segura de Bagdá, o desastre da ocupação norte-americana no Iraque.
Matt Damon
Cover sinistro de 007
Por Eduardo Graça, de Los Angeles
Divulgação / Universal Pictures
O ator encarna pela terceira vez Jason Bourne, o agente secreto que não deveria mais existir, mas que está vivinho e arrebentando as bilheterias do cinema
Não é exagero algum dizer que O Ultimato Bourne é o melhor dos três filmes da cinessérie estrelada por Matt Damon, 36 anos. Em quase duas horas, o diretor Paul Greengrass, 52, - que também dirigiu Supremacia Bourne (2004), além de, entre outros trabalhos, os impactantes Domingo Sangrento (2002) e Vôo United 93 (2006) -, desvenda todos os mistérios sobre a vida do agente rebelde Jason Bourne. Alguns bem cabeludos.
E nessa nova aventura intercontinental, que já arrecadou 143 milhões de dólares em 11 dias de exibição - e deixou Damon mais famoso e rico ainda; ele até foi eleito pela revista Forbes como o astro de Hollywood mais rentável do momento -, pelo menos duas seqüências de cenas já chegam à tela grande como clássicos do cinema de ação: a da estação de trem de Waterloo, em Londres, e a perseguição frenética sobre tetos de casas de Tânger, no Marrocos.
Depois de zanzar os três continentes e dar duro filmando com Greengrass (fizeram parte do roteiro de produção Rússia, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, norte da África, Inglaterra, França e Letônia), Damon tirou férias com a família e o amigo inseparável Ben Affleck, 35, no Havaí. Foi com um bronzeado de praia, resultado dessa merecida folga, e seu costumeiro sorriso aberto que Damon conversou com exclusividade com a Contigo!, em uma suíte num hotel luxuoso de Beverly Hills, em Los Angeles.
Você acaba de declarar que está cansado da superexposição das estrelas de Hollywood. E chegou a dizer que jamais sairia "prostituindo sua própria filha nas páginas das revistas para aumentar a bilheteria de Bourne". Forte, não?
É, acho que eu peguei um pouco pesado, né? Depois, quando vi impresso, achei que minha declaração ficou estranha. Mas como lidar de modo racional com esta invasão de privacidade a que somos submetidos o tempo todo? Sabe, olhando para trás, penso em Gênio Indomável (1997), por exemplo. Todos exploraram até a última gota o fato de que eu e Ben (Affleck) éramos melhores amigos e tínhamos desenvolvido juntos o projeto desde o início, que estávamos vivendo nosso conto de fadas. E aquilo virou a coisa mais importante do filme. Era verdade, claro, mas hoje, pensando bem nisso, parece vulgar.
De que modo?
Era como se estivéssemos utilizando nossa amizade para promover o filme, uma coisa oportunista, que não foi intencional, mas acabou ganhando vida própria. E quanto mais experiente você vai ficando, mais se vê submetido a essas armadilhas. Olha, eu não quero dividir com os leitores do mundo, por exemplo, como eu crio minha filha (Isabella, de 1 ano). Acho uma chatice ver isso impresso nos jornais mundo afora.
Mas esta obsessão da imprensa pela vida pessoal das celebridades não é, muitas vezes, cultivada pelas próprias estrelas?
Você está certíssimo! É isso mesmo, uma via de mão dupla. Mas eu, oficialmente, estou fora. Escreve isso aí, hein (risos)!
O diretor Paul Greengrass disse que o segredo da trilogia Bourne é ela contar com o melhor ator de Hollywood de sua geração, ou seja, você, como protagonista. E ele enfatiza que suas interpretações mais brilhantes estão em filmes que ele não dirigiu, como Os Infiltrados e O Talentoso Ripley. Sua colega Joan Allen (que faz a agente Pamela Landy no filme) disse o mesmo. Deve ser bom para o ego, não?
Eles são muito generosos e é claro que eu fico felicíssimo. Mas somente posso entender esses elogios se levar em conta que foi justamente a trilogia que me ofereceu uma vitrine singularíssima. Devo ao Bourne, e às minhas escolhas, este momento especial de minha carreira.
Alguma chance de você rodar mais um Bourne ou trabalhar de novo com seu amigo Paul Greengrass?
A única chance disso acontecer é se aparecesse um roteiro sensacional e ele fosse dirigido pelo Paul. Mas acho complicado, pois O Ultimato é o grande desfecho da série, revelando todos os mistérios. Agora, eu e Paul vamos voltar a filmar juntos no ano que vem! Mal posso esperar. Vai ser um filme todo baseado em A Vida Imperial na Cidade Esmeralda: Dentro da Zona Verde, best-seller do jornalista Rajiv Chandrasekaran, do The Washington Post. Conta, de dentro da área aparentemente mais segura de Bagdá, o desastre da ocupação norte-americana no Iraque.
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