Drew & Scarlett
Regras do amor
Drew Barrymore e Scarlett Johansson vivem momentos diferentes, apesar de estrelarem o mesmo filme, a comédia romântica Ele Não Está Tão a Fim de Você
Por Eduardo Graça, de Los AngelesDrew Barrymore, 34 anos, e Scarlett Johansson, 24, vivem momentos diferentes, apesar de estrelarem o mesmo filme, a comédia romântica Ele Não Está Tão a Fim de Você. Drew já teve dois casamentos relâmpago e, depois de quase cinco anos com o brasileiro Fabrizio Moretti, 28, da banda The Strokes, prefere namorar. Scarlett, por sua vez, casou com o ator Ryan Reynolds, 32, em setembro. Contigo! encontrou a dupla numa divertida coletiva em Los Angeles para falar sobre namoro e amor.
- As meninas do filme parecem ser especialmente doces e agradáveis. O que tem de marmanjo dizendo que ‘elas é que não estão muito afim deles’ não está no gibi (risos). Aonde vocês diriam que os meninos das grandes cidades deveriam ir para encontrar mulheres tão interessantes quanto suas Mary e Anna?
- Drew: “Bem eu estou sempre dando pinta em shows de bandas de indie rock. Mas esta sou eu, né? Não sei se é o melhor cenário para se encontrar mulheres interessantes!
- Scarlett: “Huuum...eu não tenho, francamente, a mais vaga idéia. Nunca saí por aí atrás de meninas. Huuum...supermercados, como o meu personagem? (risos). Ah, não sei mesmo, gente.
- Você é uma das produtoras do filme, e no entanto faz um dos menores papéis no filme...
- Drew: É engraçado, eu me identifiquei imediatamente com a Mary. Estava no meio das filmagens de Grey Gardens e eu vi todo o elenco sensacional que amealhamos e me deu uma vontade de dar um passo para trás e admirá-los. Especialmente gosto do fato de o meu personagem ser aquele que luta com a tecnologia, tão presente nos relacionamentos amorosos de nossos tempos. Foi como um casamento, ela e a Drew, sabe?
- Uma das melhores cenas do filme é justamente aquela em que Mary fala deste momento em que todos parecem interessados em namorar à distância, via internet ou celular...
- Drew: Que ótimo que você achou isso! Eu escrevi aquela cena juntamente com os roteiristas. Queria expressar o quão difícil é responder às mensagens imediatamente, afinal você anda com esta coisa no seu bolso agora, que todos os pretendentes te encontram a qualquer hora. Nenhum cara me liga, mais! É só mensagem de texto. (risos). É difícil mesmo – facebook, myspace, internet, celular. É um jogo todo novo. E temos de estar up to date.
- Como foi manter uma certa doçura e apostar na capacidade de perdão da audiência para o seu personagem, que, afinal, sai com um homem casado?
- Scarlett: Apesar de saber que alguém, no caso o personagem da Jennifer (Connely), estava sendo ferida no processo, acho que Anna estabeleceu uma conexão real com o Ben. Ela não estava querendo roubar um homem casado, nem ele disposto a uma aventura extra-marital. É como a Mary diz: às vezes isso acontece e você não quer perder o bonde, aquele homem pode ser o futuro pai dos seus filhos com quem você vai passar o restante da vida. E os dois sentem isso no filme! Mas, claro, as fraquezas dos dois também são expostas claramente. Mas acho que a falta de malícia nos dois é justamente o que faz com que as pessoas não os odeiem. E estas situações acontecem na vida, né?
- No filme, a personagem da Jennifer Aniston tem uma enorme vontade de se casar mas descobre, observando a vida de suas irmãs, que vive uma relação saudável com seu namorado. E que casar é apenas um detalhe. O que você, que acabou de se casar, pode trazer para esta discussão?
- Scarlett: Não tenho perspectiva sobre isso de fato. Talvez eu possa te responder em 25 anos, claro! (risos).
- O filme trata de regras e exceções nos relacionamentos amorosos. Você acha que sua vida amorosa está mais perto das regras estabelecidas no filme ou das exceções?
- Drew: Ah, meu Deus, mas esta tinha que ser pra mim, né? (risos). Acho que não existem regras no jogo amoroso. Cada caso é um caso, mas chega um momento na vida da mulher em que ela se recusa a aceitar menos do que ela merece. Seu comportamento muda depois de bater com a cabeça tantas vezes no mesmo muro (risos). Você finalmente diz – ah, agora entendi! (risos). Então, diria que a exceção, no amor, é aquela chance infinitamente mínima, e ela existe, mas, em geral, as pessoas, e não só os homens, repetem um certo padrão, se comportam de modo mais previsível e você precisa ver o que funciona para cada um. Parece clichê, mas há uma razão para o clichê: descubra como você quer ser tratada e trate-o da mesma maneira. Este já é um ótimo começo.