Férias no Brasil, uma semana corrida aqui em NY e já parto de novo no sábado para uma semana longe do frio. Está difícil parar um pouco e postar com calma aqui no blog.
Apesar do clima ártico (com sensação térmica diária de 15 C negativos) a temperatura ferve em Washington. Começou (aparentemente para valer) a investigação do Congresso de maioria democrata sobre o dinheiro administrado pelo governo Bush para a reconstrução do Iraque que simplesmente desapareceu. Ainda falta descobrir aonde estão os US$ 8,8 bilhões que a tal Autoridade Provisória (governo de ocupação norte-americano no Iraque) nunca conseguiu explicar em que foram aplicados.
Em editorial hoje, o NY Times lembra que, nos relatórios oficiais, gastos de até US$ 500 milhões eram justificados com uma única palavra - 'segurança'. E outros dez comprovantes de despesas aparecem sem justificativa alguma, ou seja, não comprovam coisa alguma. Os valores foram de US$ 120 a até US$ 900 milhões cada. Detalhe: toda esta dinheirama era iraquiana, sobras do Programa Petróleo-Por-Comida, adminstrado pela ONU e, desde a invasão de 2003, controlado pelos EUA.
Inquirido pelos deputados, o então governador-geral do Iraque, Paul Bremer III, justificou o sumiço de tanto dinheiro dizendo que não havia sistema bancário algum no país ocupado e que ' não havia como aplicar soluções perfeitas' num cenário de terra arasada. Os primeiros resulatados da investigação já mostram que pelo menos outros US$ 12 bilhões foram aplicados de forma 'irresponsável'.
Os republicanos seguem dizendo que tudo isso 'são favas contadas, notícia requentada'. Mas o câncer que segue devastando o governo Bush - a desastrosa tomada do Iraque - vem alimentando ainda mais as esperanças dos muitos candidatos a candidato à presidência, dos dois lados do espectro político. Mas destes falaremos mais tarde. Até já que a vida anda muito, muito corrida aqui por estas bandas.
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
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