quinta-feira, julho 26, 2007
E Lá Se Vão Carroll, Cobble & Boerum
Hoje o caderno de Estilo do The New York Times trouxe uma extensa reportagem de capa sobre meu bairro, ou a confluência de neighborhoods - Boerum Hill, Cobble Hill e Carroll Gardens (e seu infame acrônimo BoCoCa) - em que vivo. Resumo da ópera: as lojas independentes (especialmente as boutiques) que fieram desta área algo como o West Village do Brooklyn estão sendo subsituídas aos poucos por bares da moda e grandes sucursais das maiores marcas norte-americanas.
Tem Starbucks a dar com o pau, o Trader Joe's (supermercado bacanoso da Califórnia) chega no inverno, a Lucky Brand Jeans já abriu suas portas, e três lojas da American Apparel (a Hering dos modernos por aqui) tentam encontrar algum diferencial e fingem que não competem entre si. Tem ainda a Flight 001 (com seus badulaques temáticos, todos remetendo ao maravilhoso mundo da aviação, um sucesso no Village), a Bird (loja de roupas bacanosas de Park Slope) e os caríssimos restaurantes The Grocery e Saul, ambos nas listas do Michelin e do Zagat.
A reportagem (as fotos, acima, de Robert Wright, acompanham o texto de Eric Wilson e dão um saborzinho das redondezas de minha casinha) diz que meu adorável bairro, que até bem pouco tempo era reduto de uma comunidade ítalo-americana de classe média, orgulhosa de suas tradições, está se transformando em um novo NoLIta (ou North of Little Italy, área do sul da ilha de Manhattan, entre o Soho e o Lower East Side). Espero que Wilson esteja errado. O NoLIta é algo assim como aquela porção mais arrumadinha da Voluntários da Pátria, aonde os cinemas do grupo Estação se concentram. E Carroll Gardens está mais para a Urca. A comparação não é nada exata, mas dá para entender por que eu quero que tudo fique como está na minha querida BoCoCa.
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Um comentário:
E finalmente o Brooklyn se botafoganiza...
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